Pelo Sonho é que vamos

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Mais do que uma assinatura, e para lá da paisagem, o sonho tornou-se inspiração. Desenhado lá fora, nos contornos que a Natureza aqui vai construindo sem pudor ou artifício: no encontro do mar com a serra de Sintra, nas formas livres e abstractas, e nos elementos que tão bem guardamos na memória, como vales, pinheiros mansos, e demais flora autóctone.

Com as variações de cor, quis traduzir as diferentes maneiras de olhar para uma paisagem que se reinventa, estação a estação, de forma ininterrupta e hipnotizante: na Primavera, focados na paisagem, o verde acaba por ser mais predominante, entrando tudo em plena harmonia com esse tom. Já as formas e texturas do mar, juntamente com os diferentes tons de azul da água, quase nos fazem sentir submersos num ansiado Verão.
Aconchegantes são também os tons bordô, que nos chegam com o Outono e que tanto transformam a paisagem como a vontade — ou não nos levassem a procurar o conforto de um livro ou de um vinho.

Lidos da esquerda para a direita, os elementos dos desenhos vão-se diluindo, como um sonho que surge para rapidamente se desvanecer. Alguns deles movem-se de piso para piso, para dar o primeiro passo na dança da imaginação de quem os interpreta. O poder da arte é mesmo este: a liberdade de parar, olhar e criar, cada um, o seu próprio enredo.

Uma história conta-nos, também, a alcatifa dos corredores do hotel. Numa fusão entre a terra e a água, faz-nos perder nas suas formas fluídas, sem nunca nos deixar de dizer onde nos encontramos: as cores correspondem a cada piso e a cada painel nos quartos.
Elemento comum aos corredores é a bola laranja que, parecendo também ela perdida, acompanha quem os percorre. O mistério que ela nos oferece, inerente à serra de Sintra, é quase um jogo que facilmente se leva como recordação. Até porque, na verdade, é ela o grande elo do interior com o exterior. Afinal, quem sabe se essa bola laranja não estará também lá fora, algures no meio da natureza ou até, porque não, num sonho?

Chegar ao Onyria Quinta da Marinha Hotel não é menos do que tudo isto: um convite a descobrir — e a sonhar mais.

Angela Ferreira/Kruella d’Enfer